O Brasil enfrenta um surto de intoxicação por metanol associado ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. Até o momento, o Ministério da Saúde registrou 209 casos suspeitos e 16 confirmados em todo o país, com 15 mortes notificadas — duas confirmadas e 13 em investigação.
O estado de São Paulo concentra a maioria dos casos, com 192 notificações, sendo 14 confirmadas e 178 em investigação. A cidade de São Bernardo do Campo, na região do ABC Paulista, destaca-se com 30 notificações, incluindo uma confirmação e quatro óbitos.
Entre os casos mais graves está o de Bruna Araújo de Souza, de 30 anos, que está internada em estado gravíssimo após ingerir um combo de vodca com suco de pêssego durante um show em São Bernardo do Campo no último domingo (28). Ela apresentou vômitos, náuseas e visão turva no dia seguinte. Na sexta-feira (3), o hospital abriu o protocolo de confirmação de morte encefálica.
Outros estados também registraram intoxicações:
- Mato Grosso do Sul: um jovem de 21 anos morreu após ingerir bebida alcoólica em Campo Grande.
- Paraná: dois homens, de 60 e 71 anos, apresentaram sintomas após consumir bebida alcoólica em Curitiba, com confirmação laboratorial de metanol.
- Goiás: uma jovem de 25 anos está internada em estado grave com insuficiência renal em Uruaçu.
O metanol é uma substância tóxica utilizada em produtos industriais, como combustíveis e solventes. Sua ingestão pode causar dores de cabeça, náuseas, vômitos, visão turva, convulsões e até coma, podendo levar à morte em casos graves.
As autoridades de saúde alertam para a cautela ao consumir bebidas alcoólicas, especialmente destilados como vodca, gin e uísque, adquiridos em locais não regulamentados ou com procedência duvidosa. A Vigilância Sanitária intensifica a fiscalização e interdita estabelecimentos que comercializam bebidas adulteradas.
A população deve denunciar casos suspeitos e evitar o consumo de bebidas de origem desconhecida para prevenir novas intoxicações por metanol.


























