O vice-governador de Mato Grosso, Otaviano Pivetta (Republicanos), acionou o deputado estadual Júlio Campos (União) na Justiça, por conta de um vídeo divulgado nas redes sociais aonde relembra o caso de suposta violência doméstica de Pivetta contra a então esposa. O caso foi arquivado por falta de provas. Na ação Pivetta cobra uma indenização de R$ 50 mil por danos morais.
Ação foi movida na 11ª Vara Cível de Cuiabá no começo de novembro. A defesa de Pivetta alega que o vídeo em questão, onde fala do processo, que tramitou na Justiça de Santa Catarina, foi arquivado por falta de provas e mesmo assim, Júlio teria usado o conteúdo para prejudicar a reputação de Pivetta.
Os vídeos foram veiculados pelo deputado após críticas públicas do vice-governador de que Júlio e Jayme Campos, além do deputado Eduardo Botelho, todos do União Brasil, estariam apoiando o candidato Ludio Cabral (PT) no segundo turno das eleições municipais de Cuiabá em detrimento ao candidato Abílio Brunini (PL), definido como candidato do grupo político do qual Pivetta e Júlio fazem parte.
Diante disso, a ação sustentou que o vídeo divulgado por Júlio manipulou fatos relacionados a uma acusação de violência doméstica já arquivada. O objetivo seria enganar a opinião pública e sugerir que Pivetta ainda responde por tais acusações, o que não corresponde à realidade.
“Portanto, a única conclusão que se extrai é que o RÉU [Julio Campos], propositalmente, buscou, em revide, arranhar a imagem do AUTOR [Otaviano Pivetta] ao trazer novamente a público, sem o dever de falar a verdade, uma acusação da qual foi o AUTOR indubitavelmente INOCENTADO, tentando criar estado de ânimo nos interlocutores de que o atual Vice-Governador é um criminoso que responde a processos por violência doméstica, o que não passa de uma deslavada mentira”, diz outro trecho da ação.
O material, amplamente divulgado em grupos de WhatsApp e até noticiado por veículos de imprensa como “A Gazeta”, teria causado danos irreparáveis à reputação e à honra de Pivetta, congurando violação à sua dignidade pessoal e pública.
Pivetta, então, acionou a Justiça requerendo a condenação de Campos ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 50 mil, além da imposição de multa para impedir a repetição de condutas semelhantes. Também solicita a condenação ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios.
A reportagem entrou em contato com deputado Júlio Campos, mas até a publicação desta matéria não tivemos retorno.