O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), comentou o pedido de desculpas da Carrefour, nesta terça-feira (26), classificando a retratação como um marco necessário no respeito ao agronegócio brasileiro.
Mendes afirmou que o episódio reforça a necessidade de empresas estrangeiras tratarem os produtos nacionais com seriedade e destacou o papel do Brasil como um dos maiores exportadores de alimentos do mundo.
“Superando essa polêmica causada pelo CEO do Carrefour, que fez um lamentável e infeliz comentário, agora vemos a verdade sendo reposta. É uma lição para que todos entendam que o Brasil e nosso setor agropecuário exigem respeito”, declarou o governador.
O atrito teve origem na quinta-feira (21), quando Alexandre Bompard anunciou que as lojas francesas não comprariam carne do Mercosul, alegando dúvidas sobre a qualidade do produto brasileiro.
Contudo, fontes indicam que a medida visava proteger os produtores franceses, temerosos com o impacto do acordo de livre comércio entre a União Europeia e os países da América Latina.
A repercussão foi imediata, com políticos, associações e entidades agropecuárias exigindo uma retratação. Na segunda-feira (25), diante da escassez de carne nos supermercados e da pressão do Brasil, o Carrefour recuou.
Em uma carta ao governo brasileiro, o CEO afirmou que a carne brasileira é reconhecida pela alta qualidade e pediu desculpas caso suas declarações tenham gerado mal-entendidos.
Embora o volume de exportação de carne para a França represente apenas 0,01% do total brasileiro, o episódio teve grande impacto simbólico. Para Mendes, a forma como o Brasil foi tratado era o verdadeiro ponto de indignação.
“Se ele quer comprar de um fornecedor específico, tem esse direito, mas não pode colocar em xeque a excelência da carne brasileira, que é uma das melhores do mundo”, reforçou.
O caso encerra com uma mensagem clara: o Brasil, enquanto potência agropecuária global, não tolerará desrespeito. Para Mendes, o pedido de desculpas pode sinalizar uma nova postura das empresas estrangeiras em relação ao produto nacional.
“É um ponto final nessa história, mas, a partir de agora, as empresas precisam entender que têm que nos tratar com o devido respeito”, finalizou o governador.